Apresentação do projeto MOBI-AGE no AGE Lab- MIT (17 de janeiro de 2020)

No dia 17 de janeiro, a equipa do MOBI-AGE deslocou-se até ao Massachusetts Institute of Technology (MIT) onde apresentou o trabalho que tem vindo a desenvolver no âmbito do projeto.

O projeto MOBI-AGE, fazendo parte do programa MIT-Portugal, tem uma parceria direta com o departamento AGE Lab do MIT. Este departamento é composto por uma equipa multidisciplinar que desenvolve investigação com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos idosos. Procuram desenvolver tecnologias mas, também, estudar o design de produtos e serviços que melhor se adeque às necessidades desta população e que promova um envelhecimento ativo. Um exemplo dos produtos desenvolvidos chama-se “AGNES”, um fato que pretende replicar as capacidades motoras, visuais, de flexibilidade, destreza e força de uma pessoa com cerca de 70 anos. Outro produto desenvolvido chama-se “Miss Daisy” e é um simulador de condução para avaliação de distração cognitiva, automação, efeitos de doença e medicação. Outro produto é um robot que reage ao toque e ao som. O objetivo deste produto consiste em ser uma companhia para combater a solidão.

Fomos muito bem recebidos no AGE Lab, nomeadamente pelo diretor Dr. Joseph F. Coughlin e pela investigadora Dra. Lisa D’Ambrosio. Realizou-se uma apresentação do projeto, onde existiu uma participação ativa dos colegas do AGE Lab, e terminou com uma discussão bastante produtiva e interessante sobre todos os problemas e aspirações que cada participante tem em consideração numa perspetiva de envelhecimento ativo e com qualidade.

Uma questão muito relevante discutida foi: Ao estarmos a projetar a mobilidade e acessibilidade para a população idosa, estaremos a desconsiderar os interesses e necessidades da população mais jovem?

Outra foi: Até que ponto estarão os idosos dispostos e capazes de utilizar tecnologias para atender às suas necessidades?

Além da discussão interessante e da conclusão de que trabalhamos para a cidade inclusiva, onde todos os grupos se sentem incluídos e seguros, com base no pressuposto de que uma cidade que é ‘amigável’ para os idosos é uma cidade que é amigável para todos, relativamente à tecnologia, a discussão centrou-se no trabalho do próprio laboratório. De facto, esse é um aspeto central da atividade que desenvolve: estudar como a tecnologia se pode adaptar às necessidades dos idosos e vice-versa.

Também foi apontado pelo diretor do laboratório que o trabalho que desenvolvemos não deveria ter uma conotação de simplesmente ‘amigável’. Devemos, sim, trabalhar para cidadãos que fizeram descontos a vida inteira e que têm direito a essa vida, com todas as condições necessárias.

Questões como género e condições sociais, incluindo rendimentos, também foram mencionadas.

O laboratório tem-se preocupado cada vez mais com a relação entre cidade, transporte e idosos, estando atualmente a preparar um novo curso, que revela as suas preocupações em termos de treino especializado.

A colaboração entre estas duas equipas, MOBI-AGE e AGE Lab, vai continuar e ficou mais reforçada, sendo de grande interesse de ambas as partes.

AGE Lab website: https://agelab.mit.edu/

Miss Daisy
AGNES